O silêncio deixa-me a um passo do abismo. afasta-me de ti e faz crescer em mim uma inquietação cada vez mais insuportável.
Em silêncio continua tudo aquilo que me une a ti. Tento calar esse silêncio quando toco no teu rosto, tento calá-lo ao tocar no teu cabelo mas todo o esforço que faço é vão.
Já não se contam pelos dedos das mãos todos os momentos em que senti uma vontade gigantesca de gritar bem alto, quebrar o silêncio e dizer-te que és tu que me moves, que é por ti que acordo dia após dia.
Mas a minha vontade não é a nossa vontade e por mais que os ecos do meu peito se façam sentir, tu não percebes ou finges não perceber aquilo que te murmuram... e o silêncio volta a vencer.
Tomaz Vieira de Andrade
Em silêncio continua tudo aquilo que me une a ti. Tento calar esse silêncio quando toco no teu rosto, tento calá-lo ao tocar no teu cabelo mas todo o esforço que faço é vão.
Já não se contam pelos dedos das mãos todos os momentos em que senti uma vontade gigantesca de gritar bem alto, quebrar o silêncio e dizer-te que és tu que me moves, que é por ti que acordo dia após dia.
Mas a minha vontade não é a nossa vontade e por mais que os ecos do meu peito se façam sentir, tu não percebes ou finges não perceber aquilo que te murmuram... e o silêncio volta a vencer.
Tomaz Vieira de Andrade