quinta-feira, 31 de dezembro de 2009


Que 2010 seja um ano Sustentável...

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

O Desamor

Só porque é na Escócia...

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Uma Palavra


"Uma palavra. Recupero-a agora na minha imaginação doente. Amo-te. Na intimidade exclusiva e ciumenta do nosso olhar mútuo e encantado. Fecha-nos o lençol na claridade difusa do amanhecer, estás perto de mim no intocável da tua doçura. Frágil de névoa. Fímbria de sorriso e de receio, de pavor, no meu olhar embevecido. Uma palavra. A primeira que em toda a minha vida me esgotou o ser. A que foi tão completa e absorvente, que tudo o mais foi um excesso na criação."

Vergílio Ferreira, in 'Para Sempre'

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Insustentabilidades a outro nível!






Porque será que temos a mania de estragar tudo?

Porque será que, em vez de agradecermos todos os dias e de todo o coração tudo o que de bom recebemos, fazemos questão de lembrar apenas o lado sombrio do Mundo, do nosso Mundo??



Hoje estou triste, sem razão!

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Eu sonhei um sonho, Os Miseráveis


Houve um tempo em que os homens eram gentis
Quando suas vozes eram suaves
E suas palavras convidativas
Houve um tempo em que o amor era cego
E o mundo era uma música
E a música era excitante
Houve um tempo... e de repente tudo ficou errado

Eu sonhei um sonho em um tempo passado
Quando as esperanças eram grandes e a vida valia ser vivida
Eu sonhei que o amor nunca acabaria
Eu sonhei que Deus seria misericordioso.

Eu era jovem e não tinha medo
Quando os sonhos eram realizados e usados e jogados fora
Não havia resgate a ser pago
Nenhuma música sem ser cantada, nem vinho não degustado.

Mas os tigres vêm a noite,
Com suas vozes suaves como trovão,
Enquanto eles despedaçam sua esperança
Enquanto eles tornam seus sonhos em vergonha

Ele dormiu um verão ao meu lado.
Ele preencheu meus dias com maravilhas sem fim,
Ele levou minha infância em seu passo
Mas ele se foi quando o outono veio.

E ainda assim eu sonhei que ele voltaria para mim
E que viveríamos os anos juntos,
Mas existem sonhos que não podem ser sonhados
E existem tempestades que não podem passar.

Eu tive um sonho que minha vida seria
Tão diferente deste inferno que eu vivo
Tão diferente agora do que parecia ser
Agora a vida matou o sonho.
Que eu sonhei.


VH

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Estás em mim...


"Na urgência do sentir
no grito mudo do desejo
na cena de um filme
na letra de uma música
na frase de um livro
estás em mim..."

domingo, 13 de dezembro de 2009

Num belo jardim encantado

Num belo jardim encantado
encontrei uma linda princesa.
Nos olhos, um brilho de menina
traquina e tão meiga,
os cabelos negros e longos
ondulam ao sabor do vento
manso e livre...

Quietude silenciosa nesse místico jardim.
Oriente que me envolve e apaixona.
Saudade prematura de um futuro
já tão breve.

Uma lágrima teimosa existe.
Quimera feita realidade.
E a princesa fica.
E eu fisicamente parto.

Contigo fica, metade do coração,
feito saudade, feito liberdade.



Rosa Maria Anselmo

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Medo

Medo de gostar, medo de não permitir-me a gostar,
Medo de querer, medo de perder,
Desejo misturado,
Em um abraço apertado,
Com cheiro de desejo, medo e amor.

Nós VHM

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Girassóis

Regressava do mar e fiquei presa!
Encantamento tal, louca ventura!
Palavras para quê, se era princesa
Coroada por tanta formosura?

Girassóis agitavam a beleza
Num fim de tarde, grito de procura...
Suas hastes continham a leveza
Duma corola aberta e insegura!

Um momento de sonho e de verdade!
Eu era uma princesa sem idade
Perdida, sem saber por onde vim!

E enquanto o sol se ia escondendo
Com sombras que me iam envolvendo,
Achei uma perdida igual a mim!...

Lugares Secretos, Natividade Negreiros

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

E Nós?!


"E Nós? Planos...

Sopro quente tangente à pele...

e tantas palavras por pronunciar.

Um suspiro quente quando nos misturamos...

um aperto quando não nos podemos tocar.

Onde ficamos? Nós..."

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

sexta carta

tanto desamor te tenho, tão fora do meu coração ficaste, que em verdade nada te tenho. nunca foste meu e já não sou tua, já não me tens. pouco sei por que te dou conta deste resultado, que me importará a notícia de mim que recebas?, faço-o talvez por fidalguia ou superioridade de ser, que vontade minha nem é que sofras ao sabê-lo, ou que sintas alegria, mas tão só anunciar-te, como ao mundo, que nada mais se espera de ti no meu peito tão amadurecido agora. agora, posta entre as minhas amigas em sossego, só te lembro como matéria que em mim se deixou apodrecer. saberás tão bem como florescem belas rosas sobre matérias mortas, e as minhas matérias mortas, meu antigo e tolo amante, alimentaram uma sabedoria que me eleva. estou onde nem tu imaginas que se possa chegar. quanto nos rendemos aos prazeres sem interesse, fico entretanto a pensar. por que doce e fútil alegria corri iludida com teus sermões, suja de alma a vender-me corpo e cabeça enganada. sei que estarás ainda hoje nos braços de quantas te satisfaçam o mesmo capricho, usando a mesma crueldade para com elas, convicto talvez de que lhes pagas com a aventura o preço da revelação que virá mais tarde. enganas-te. pousado o corpo, lavado o espírito, nem a volúpia nem o prazer, nada se impõe e a vida recompõe-se e até a vontade de recato e dignidade se reforça, tens de o saber. nada, mesmo nada do que pudeste destruir-me se deixou destruído. não existes, meu antigo e tolo amante, agora já não existes. esqueci tanto amor e tanto sofrimento. nem sei por que me terás levado à loucura, tão lúcida me encontro, nem por que ganhei afeição ao sofrimento, que era o único amor que me deixaste, apartado de mim eternamente nesta vida e na vida em frente. sofrimento nenhum se justifica por quem não o merece, aprendi-o bem. e se meus votos sentidos perante deus me obrigam a um amor universal, passarei meu coração por cima de teu nome como se de mais um pássaro, um seixo ou um curso de água mais vivo fosses. rezarei por ti entre estas coisas mais naturais, deixarei para os homens um coração maior, importada com eles acima do cão que temos no convento, do carvalho que nos dá sombra no verão e nos uiva no inverno, ou da água que nos mata a sede, e que deus me perdoe.

valter hugo mãe

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

"É desulador, chega mesmo a ser triste por vezes, mas nem sempre o meu desejo, as minhas vontades, as minhas necessidades se transformam em sorrisos vividos ao sabor daqueles que amo..." I.S.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Insanidade cardíaca!

"Quando a gente consegue libertar o coração desses amores insanes, o Mundo fica mais leve..."

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

O silêncio


O silêncio deixa-me a um passo do abismo. afasta-me de ti e faz crescer em mim uma inquietação cada vez mais insuportável.
Em silêncio continua tudo aquilo que me une a ti. Tento calar esse silêncio quando toco no teu rosto, tento calá-lo ao tocar no teu cabelo mas todo o esforço que faço é vão.
Já não se contam pelos dedos das mãos todos os momentos em que senti uma vontade gigantesca de gritar bem alto, quebrar o silêncio e dizer-te que és tu que me moves, que é por ti que acordo dia após dia.
Mas a minha vontade não é a nossa vontade e por mais que os ecos do meu peito se façam sentir, tu não percebes ou finges não perceber aquilo que te murmuram... e o silêncio volta a vencer.


Tomaz Vieira de Andrade

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Se poderia viver sem ti? Poderia, mas não seria a mesma coisa...

Por mais voltas e voltas que tentamos dar à nossa vida, há coisas que realmente não conseguimos mudar, ou porque não temos a certeza absoluta daquilo que realmente queremos, ou porque simplesmente não estamos dispostos a abdicar das coisas, só porque sim... dei por mim a pensar "Se poderia viver sem ti? poderia, mas não seria a mesma coisa..." afinal pertences à minha vida porque eu quero, porque eu ate gosto de te ter por perto, porque eu ate me vou habituando à tua presença/ausencia, tudo porque simplesmente eu estou disposta a perder tempo contigo. Porque se na verdade tu saisses da minha vida, nada seria igual, eu deixaria de ter com quem me aborrecer, deixaria de existir ansiedade, duvidas, porquês, e "ses". Definitivamente estarás na minha vida até ao dia em que eu tolerar a tua ausência e conseguir viver com ela...

quinta-feira, 9 de julho de 2009

O ínicio do Insustentável

Como tudo da vida tem um inicio e um fim... aqui me encontro a mostrar o verdadeiro inicio deste blog... Sei que já o devia ter feito, mas o factor tempo, esse desgraçado que teima em não andar em sintonia comigo, umas vezes porque resolve avançar sem aviso prévio, outras porque resolve parar no minuto errado, não me deixou parar, sentar e escrever... Mas aqui está... entre palavras soltas, desabafos, criticas, insultos... eis que surgem teorias... regadas com um belo chá e sempre com a convicção que afinal os seres do sexo oposto têm algo que realmente não encaixa no mundo das mulheres, e depois nós é que temos de vir com livro de instruções... Passam-se os tempos, mudam-se os hábitos, mas há coisas que nunca mudam, ou porque não vale apena mudar, ou porque o movimento contra a mudança é tão forte que não há força que mova tanta resistência, e esse mito das mulheres serem complicadas, estranhas e de difícil compreensão... já era... agora isso pertence ao sexo oposto e todos se recusam a ver e a aceitar tamanha mudança... e isso sim torna o mundo insustentável...


sexta-feira, 26 de junho de 2009

Tudo porque não mandei arranjar a campainha

O texto que se segue foi encontrado há uns anos atrás num blog ao qual perdi o rasto. A autora não se identificava.

Nessa altura, tal como hoje (porque o mundo é uma bola de queijo que vou roendo em pequenas doses), o sentido e o sentimento encaixavam-se como uma luva nos acontecimentos recentes que marcavam a minha vida.

Hoje, tal como ontem, lembrei-me dele...


"Chegaste sem que eu desse conta. Talvez tenhas tocado à campainha mas hoje vejo que estava distraída com algo. Provavelmente absorta no meu mundo.
Foste entrando, quiseste correr o risco de abrir a porta e, deixar-te deambular por divisões que julgavas conhecer; para ti não era a primeira vez que pisavas aquele chão, conhecias os cantos à casa como se fossem teus. A cada passo invadias-me, possuías-me e eu mal me dava conta. Julgava-me segura até a casa começar a ruir... Quando saíste e, não fechaste a porta, apercebi-me da tua passagem... Deixaste a porta entreaberta, o frio começou a entrar e a tua ausência a fazer-se sentir.
Enquanto permaneceste não dei por ti... Devias ter fechado a porta! Foste o mais sublime, o que apelidei de “o mais sublime dos cabrões” e, a culpa foi minha... tudo porque não mandei arranjar a campainha!
Da próxima peço que toques, que batas freneticamente à porta e, que no hiato de eu chegar, pé ante pé à porta, não desistas... que me oiças perguntar do outro lado – quem é... ouvir-te responder e, sussurrar-te em seguida enquanto olho ao relógio... demoraste tempo demais na tua não linearidade! Perdeste-te no tempo. No teu. E desencontraste-te do meu.
Neste hiato, entre quartos e pátios da minha casa, tocaste-me e eu perdi-te o toque, o teu cheiro, desencontrei-me do teu olhar, de ti, entre corredores labirínticos. Perdi-me de mim e encontrei-me no vazio da sala sob o horizonte.
Encontro-me agora de pé, não à tua espera mas à minha. À espera do retorno a mim mesma enquanto a luz teima em fugir para dar lugar à escuridão.
Amanheceu e eu não dei conta. Dou por mim em pé, ainda na sala a olhar o horizonte e, pergunto-me... estás aí?"


Não, não estás aí!

terça-feira, 23 de junho de 2009

"Puta que pariu os gajos que nos elevam as exigências!"

Vou começar pelo fim...


O fim começa quando percebemos que, afinal, nem os ditos gajos que um dia foram o centro desse nosso fantasiado universo conseguem responder a tais exigências que um dia criamos à luz do que significaram para nós.

Esse dia chega. Esse dia acaba por chegar, montado num dragão cuspidor de fogo disfarçado de cavalo alado e leva consigo todas as expectativas que criamos à volta de um ser que não passa de um simples e defeituoso mortal.

Nesse dia nasce de cá de dentro um novo Ness feito de lágrimas e monstros míticos, comedor de todas as esperanças, vontades e sonhos de uma vida que nunca existiu senão na mente de quem o sonha!

No fim ficamos assim, nós e o nosso pequeno mundo, onde nenhuma outra alma consegue penetrar. Onde a solidão significa protecção e o limite aconchego.



É assim que quero ficar, no aconchego deste meu mundo só meu, protegida pela carapaça que criei à medida das minhas ilusões...

segunda-feira, 22 de junho de 2009

InSustentável

Agonia
Ansiedade
Desespero

Não se pode perder aquilo quer não se tem, mas pode sentir-se falta daquilo que um dia já se possuiu, ainda que no sentido figurado da coisa.

Hoje sinto que estou a perder algo que nunca foi propriedade minha, que partes em busca de outras paragens, outros sonhos, outros ombros...
... quando na realidade sou eu que te pertenço, sempre e desde aquele dia longinquo em que a minha vida começou. Lembras-te?

Tenho tantas coisas para te contar sobre esse e todos os outros dias que vivi depois dele. Talvez te conte, um dia. Talvez guarde essas memórias para mim.

Hoje estou assim, angustiada.
Porque sei que não vais ficar à minha espera.
Porque sei que também queres.
Porque sei que não terei outra oportunidade.
Porque sei que não teremos outra oportunidade.

Porque gosto de ti, tanto quanto naquele longinquo dia, há muito, muito tempo, quando eu achei que te conhecia e depois vim a descobrir que sim, te conheço desde sempre. Dos meu sonhos!

Hoje estou assim, num querer mais que um bem querer, sabendo que podes estar aqui, ao meu lado, ou numa outra galáxia... Sozinha no meio da multidão...

Depois do que vivemos, depois do que senti e te senti sentir, isto para mim é... InSustentável!